sexta-feira, 31 de julho de 2009

Certa vez fui convidada a conhecer o Teatro Paiol em Curitiba, ainda em obras, e lá tive a idéia de um Ballet que teria, à volta do bailarino, uma série de câmeras - cada qual enfocando uma parte de seu corpo - às quais levariam essas partes a enormes telões espalhados pelo Teatro. Este, para quem não sabe, é circular e quase vertical.
Era uma idéia inexequível e ousada para os primórdios da multimídia. E quando digo primórdios da multimídia, quero dizer o tempo dos "slides" em shows...

Ao mesmo tempo, e justamente agora, as possibilidades geradas pela convergência das novas mídias é infinita. Se mencionar uma música num texto, como faço no Cine Ipanema, posso tê-la ao lado, num clique. No blog A Mágica de Oz tem um vídeo que mostra um Solstício, o que facilita enormemente o processo de aprendizagem do pessoal.

Creio que esse momento da História é extremamente rico pelas ofertas da Tecnologia - a obra surge multifacetada, como nunca na História se imaginou que pudesse ocorrer.
Apenas não sei se haverá pessoas ainda interessadas em ler, pensar, refletir... A velocidade com que as coisas estão passando, parece nos levar a um nível de hedonismo e egocentrismo só comparável ao do Império Romano. Temos que aproveitar tudo, consumir muito. Movimentos como o feminismo foram pro saco. As mulheres de hoje ou são "meninas" ou são "senhoras" (com aquela entonação conservadora na voz de quem as chama), e o pior é que nem se dão conta disso. Então discutir o quê? com quem?
Só prá citar uma das câmeras posicionadas em uma parte desse meu corpo-blog.

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